Sabe, eu por muito tempo relutei, achava um absurdo falar ‘todos e todas’ e, sempre que via alguém falar assim... Era taxativa: coisa de petista! Demorei muito para perceber o quanto a língua portuguesa é carregada de preconceito e machismo.
Foi necessário estar numa sala de aula com 42 mulheres e um homem para perceber a importância das questões de gênero. A importância em diferenciar, afinal, como falar com as alunas e o aluno no plural sem ser machista? Pense, o quanto eu seria machista ao chamar de “alunos” aquela turma... E, com certeza se chamasse de “alunas”, este aluno se sentiria incomodado, não é mesmo?!
Após uma conversa com a minha colega Eliane, percebi a importância da diferenciação do gênero. E, pasme, a solução que encontrei é quando falar no plural, diferenciá-los quanto ao gênero. Assim, seguidamente me pego utilizando “todos e todas...”. Ler e trabalhar a obra de Paulo Freire tem sido uma experiência excelente e apaixonante e, também, tem me ajudado muito como ser humano, a “quebrar” pré-conceitos e preconceitos. Esta aí, recomendo!
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